Chegamos em Stresa, à noite por volta das 22h e caminhamos por 5 minutos da estação ferroviária até o Hotel Boston. Um gentil senhor nos aguardava na recepção e nos encaminhou ao quarto sem maiores perguntas, devido a sua dificuldade de falar o inglês. Explicou sobre o horário de café da manhã e se retirou.
Sumário
Acordamos cheios de energia para aquele que seria o único dia completo da nossa visita as atrações exuberantes da região. Nossos planos originais seria ficarmos 3 noites/ 2 dias de visitas mas devido ao atraso do nosso voo na Europa, tivemos que nos contentar com 2 noites/ 1 dia de visita.
Após o café, seguimos para o quiosque na beira do lago, onde pagamos as taxas de desembarque em cada ilha (0,50€ x 3 ilhas = 1,50€) trocamos nosso voucher digital por bilhetes físicos da empresa responsável pelas ligações de barco entre Stresa e as ilhas do lago. Os barcos tem uma frequência boa, em vários horários, dando ao turista a possibilidade de ficar mais ou menos tempo onde assim desejar. Existem diferentes ancoradouros e você consegue identificar o do seu barco através da cor no verso do seu bilhete. O nosso barco que dava direito as 3 ilhas tinha no verso as cores da bandeira da Itália (verde, branco e vermelho).
Nosso roteiro de visita foi perfeito e o recomendado para o melhor proveito do dia.
Primeira parada: ISOLA MADRE




A maior das ilhas do lago. Durante a idade média o nome dela era Isola San Vittore e pertenceu a vários proprietários inclusive a igreja que passou a propriedade para um nobre Borremeo. Só que com um casamento, ela foi dada de presente a outra família e depois recuperada por outro descendente dos Borromeo. Foi então que chamaram um grande arquiteto da região da Lombardia para construir o casarão da ilha e posteriormente outro arquiteto desenvolveu o projeto dos jardins. A aparência do que vemos hoje é conservada desde o final do séc. XVIII. No início do séc. XX, se pensou em transformar a ilha em um hotel de luxo ou alugar para uma clientela seleta. Mas foram Giberto e Bona Boromeo Arese que tomaram a decisão de abrir o espaço para visitação turística.
Entre as salas mais importantes estão: o Salone do Ricevimento, a Sala delle Stagioni, O Salotto Veneziano, a biblioteca, a Sala delle Battaglie e a Sala dei Papi.
Logo que deixamos o barco, já com nossos ingressos impressos em mãos, que comprei on-line ainda no Brasil, através do site oficial das ilhas (https://www.isoleborromee.it/), nos dirigimos direto a passagem para o jardins. Foi um alívio ver que não iríamos perder tempo com uma fila enorme que se formava para a compra dos ingressos.
As plantas e flores do jardim perfumavam nosso caminho contornando a ilha até chegar ao casarão. Próximo a casa, conhecemos o belo exemplar do cipreste da Cashmira, o maior e mais antigo da Europa.
Na visita interna vimos muitos quadros dos antepassados da família Borromeo, uma decoração muito bem preservada e impressionante coleção de marionetes, teatros e textos para as apresentações que no passado encantavam as donos da casa e convidados.
Segunda parada: ISOLA PESCATORE




Em poucos minutos fomos da Isola Madre a isola Pescadore. Desembarcamos em um agradável parque em uma das extremidades da ilha e fomos caminhando na ruas estreitas cheias de lojinhas de souvenirs, restaurantes e algumas pousadas. Que delícia de lugar! Cada cantinho era cenário para fotos. Escolhemos o Restaurante Embarcadero para o nosso almoço. Comemos lasanhas e rotolones, muito suculentos e bem servidos, acho até que dois pratos são suficientes para 3 pessoas. Partimos para o barco que nos levou para a próxima ilha.
Terceira parada: ISOLA BELLA




No meio da tarde chegamos para visitar esse belíssimos palácio que levou 400 anos para ser construído, com início no século. XVII. O lugar tem 20 aposentos e ambientes formidáveis como a sala do trono, a Galeria Berthier com obras de grande nomes do renascimento italiano e salas cujos tetos e paredes são cobertos de conchas e corais e dão acesso aos jardim suspensos em 10 terraços cuja inspiração foram os jardins suspensos da Babilônia. Ali era de fato um mundo só deles, isolado de tudo, cercado de luxo e alheio ao mundo exterior. Num dos aposentos do palácio, Napoleão I e Josefine visitaram e dormiram o palácio. Existe inclusive pinturas retratando o acontecido.
Retorno para Stresa
Voltamos para Stresa, encantados com tudo que vimos e mesmos cansados depois de nos refrescarmos no hotel, fomos caminhando até o centro da vila que ao cair da noite estava com seus bistrôs e sorveterias bem movimentados. Tudo tão organizado que mais parecia que caminhávamos em algum parque temático estilo Disney, mas aquilo era real, o verão no Lago Maggiore.



Encerramos o dia admirando o pôr do sol tardio no lago e caminhando no calçadão cheio de hotéis luxuosos, com decoração estilo art nouveau como o Grand Hotel Des Iles Borromees que possui no seu jardim um templo romano majestoso. Que lugar incrível.
No dia seguinte partimos antes das 7h para a estação de trem com os nossos bilhetes previamente comprados através do link do buscador de trechos de trem Omio que deixo AQUI. Sem ele, perderíamos um tempo precioso tendo de lidar com as máquinas na estação. Como era cedo, o guichê de atendimento estava fechado.
